Tamanha era a importância de Zeus para os gregos, que quando chovia, eles diziam "Zeus chove" e "Zeus troveja".
O deus dos céus não queria ter o poder total, senão a felicidade máxima, e agora que um triunvirato harmonioso e fraternal governava o mundo, tinha chegado o momento das outras páginas da vida legendária de Zeus, nas suas andanças de homem atraente e de deus tão alegre como incansável nas suas paixões.
Voces sabiam que ..
Zeus sempre foi retratado de um modo favorável, não por casualidade, mas por próprios méritos. É um deus simpático, a quem resulta fácil adorar , e é muito mais fácil compreender que seja querido pelos artistas : é um deus encantador, forte, mas cheio de fraquezas em contraposição como muitos outros da sua categoria, mas do grupo que está situado no lado escuro do relato, no eterno papel de personagens temíveis, que representavam a ira, o castigo, a morte ou a dor. Zeus, pelo contrário, apesar de ser um deus do raio e o trovão, é grande pelo seu poder, mas adorável pela sua inclinação ao amor carnal, à paixão irregular na duração mas não na intensidade. É um ser poderoso e magnífico, mas que gosta de jogar limpo e em igualdade de condições (por assim dizer) com as mais belas mortais ou com as soberbas companheiras do Olimpo. Quando cai na tentação, Zeus trata de fugir da situação com certa dignidade e com muito mais humor, e tem que fazer isso repetidamente, à medida em que as suas egrégias esposas descobrem a infidelidade e percorrem os céus para tentar repreendê-lo ou jogar-lhe na cara o seu comportamento desleal e até grosseiro quando têm que enfurecer-se com ele pelos seus gostos tão terrenos.
Juno, também conhecida como Hera na mitologia grega, a esposa de Júpiter é a rainha dos deuses. É representada pelo pavão, a sua ave favorita.
O sexto mês do ano, junho tem esse nome em sua homenagem.
Júpiter era um amante do sexo feminino e, por esse motivo, Juno possuía muitas rivais, entre elas, a bela Io, que Júpiter, para defender de Juno, transforma numa bezerra. Juno, desconfiada, pede a bezerra de presente. Ora, Júpiter não podia negar um presente tão insignificante a sua mulher, e então, pesaroso, entrega a bezerra a Juno que a coloca sob os cuidados de Argos, um monstro de muitos olhos. Como Argos tinha cem olhos e nunca fechava mais do que dois para dormir, vigiava Io dia e noite. Júpiter, perturbado pelo sofrimento da amante, pede a Mercúrio que mate Argos. Com músicas e histórias, Mercúrio consegue fazer com que Argos feche seus 100 olhos e nisso corta sua cabeça fora. Juno entristecida recolhe seus olhos que haviam perdido toda a luz e coloca-os na cauda de seu pavão, onde permanecem até hoje.
Enfurecida, Juno persegue Io por muitas partes da terra até que Júpiter intercede por ela prometendo não dar mais atenção a Io. Juno concorda devolvendo-lhe a aparência humana.
Juno e Júpiter tinham 5 filhos, Lucina (Ilítia), deusa dos partos e gestantes, Juventa (Hebe), deusa da juventude, Discórdia (Éris),a deusa da discórdia, Marte (Ares), deus da guerra e Vulcano (Hefesto), o artista celestial, que era coxo. Juno sentia-se tão aborrecida ao vê-lo que atirou-o para fora do céu. Outra versão diz que Júpiter o jogou para fora, por este ter participado de uma briga do rei do Olimpo com Juno, deixando-o coxo com a queda.
Juno possuía muitas rivais, entre elas, a bela Calisto, que Juno, por inveja da imensa beleza que conquistara seu marido, transformou numa ursa. Calisto passou a viver sozinha com medo dos caçadores e das outras feras da floresta, esquecendo-se de que agora ela própria era uma.
Um dia, Calisto reconheceu num caçador seu filho Arcas, já homem. Quis correr e abraçá-lo mas Arcas já erguera sua lança para matá-la quando Júpiter, vendo a desgraça que estava por acontecer afastou-os e lançou-os ao céu transformando-os nas constelações de Ursa Maior e Ursa Menor.
Juno, enfurecida por Júpiter ter dado tal privilégio a sua rival, sai à procura de Tétis e Oceano, as antigas divindades do mar. Conta-lhes toda a injúria que Júpiter fizera a ela, e pede para que eles não deixem as constelações se esconderem em suas águas. Assim a Ursa Maior e a Ursa Menor movem-se em círculo no céu mas nunca descem por trás do oceano, como as outras estrelas.
júpiter e Juno
por Annibale Carracci, século XVI
Outro forte inimigo de Juno foi Hércules, filho de Júpiter com a mortal Alcmena. A este declarou guerra desde seu nascimento. Com uma tentativa frustrada de matá-lo quando era apenas um bebê, Juno o submete a Euristeus, que o envolve em muitas aventuras perigosas que ficaram conhecidas como "doze trabalhos".
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